quinta-feira, maio 25, 2006

3) AGÊNCIA ENVOLVERDE / Os limites da civilização

Ser paulistano é, certamente, viver dualidades. No último domingo, no Parque Trianon, dezenas de pessoas que passeavam podiam ser vistas dançando ao som de músicas populares, ou brincando de forma despreocupada, em uma cena de harmonia e civilidade. Na noite desta quarta-feira, no tradicional Teatro Cultura Artística, que divide a rua central com boates e bares, o maestro João Carlos Martins mostrou fragmentos do melhor da cultura erudita do País ao reger a orquestra Bachiana Filarmônica. São flagrantes de momentos de uma civilidade refinada que acontecem na mesma cidade onde a cidadania foi dilacerada há poucas semanas com violência insana. O domingo no parque, ou a música de Bach sob a batuta de um gênio brasileiro são testemunhos de que existe mais do que tragédias e corrupção. Adalberto Wodianer Marcondes Diretor de Redação