quinta-feira, maio 25, 2006

4) ANÁLISE / De César Maia, prefeito do RJ, que é maluco mais é inteligente

------------------------------------------------------------------------------------------------- INFORMAÇÃO e OPINIÃO -IOCM- ! ex-Blog do Cesar Maia 25/05/2006 ------------------------------------------------------------------------------------------------- SENSUS E DATA-FOLHA: EXCELENTES NOTÍCIAS PARA ALCKMIN ! Para quem lê as pesquisas em sua dinâmica ! 1. Vamos raciocinar no diagrama que este ex-blog apresentou esta semana. O que importa agora é o primeiro nó, ou seja, se haverá segundo turno ou não. 2. Comecemos pela pior hipótese: PMDB não tem candidato,( se tiver é Alckmin preparar as camisas para gravar em estúdio no segundo turno). Pelo Data-Folha temos uma diferença de 9 pontos para o segundo turno. Pelo Sensus temos exatamente os mesmos 9 pontos. Ou seja: a oposição tem que avançar 4,5 pontos e com isso empata, porque tira de um só, Lula, estes 4,5 pontos. Será uma tarefa difícil ? Certamente não. 3. É impossível que quando Alckmin seja conhecido pelo conjunto dos eleitores ele não mude de patamar para -na hipótese mais pessimista- mais 5 pontos. Se dividirmos estes em duas partes -ele tiraria apenas uma parte de Lula- aquela diferença de 9 pontos, fica em 6,5 e faltam apenas 3,3 para o segundo turno. 4. Lula tem 39% de Ótimo+Bom segundo o Data-Folha e 38,3% segundo Sensus. Ou seja: a mesma coisa. Este é um valor até alto, se tomarmos as avaliações desde janeiro de 2004 por ambos institutos. Acompanhando eleições presidenciais, para governadores dos maiores estados e das maiores cidades, vemos que o Otimo+Bom, significa um teto para a intenção de voto. Ou seja: Lula está com gordura, produto do desconhecimento relativo dos demais candidatos, por sua exposição ser dupla -presidente e candidato,etc....Admitindo-se realisticamente que sua avaliação está no teto,a diferença para o segundo turno cairia -na melhor hipótese- para 4 pontos, ou 2 pontos a serem tomados dele. Se Alckmin avança 5 pontos, se terá segundo turno. 5. Dos que dizem não votar em Alckmin no Sensus, deve-se retirar aqueles que não o conhecem. Temos liquidamente 27% contra 34% de Lula. Já pelo Data-Folha 27% dizem que não votarão em Lula de jeito nenhum e 14% em Alckmin. A pergunta,( de jeito nenhum), nesse caso, é mais clara que a da Sensus,( não votaria). 6. Fora de campanha e nesta confusão de mensalão, Morales, ambulâncias, ongoduto,....é mais fácil a quem governa distribuir para todos os lados, a crise de opinião. Hoje -Sensus- o saldo dos que avaliam negativa/positivamente as funções de governo, é ruim para Lula. Saúde menos 17%. Educação mais 7%. Pobreza menos 40%. Violencia menos 81%,(já eram menos 74% antes do PCC). 7. 29,8% lançam a responsabilidade da segurança publica no governo federal, 13,7% nos estaduais, 5,5% nos municipais e 29,6%em todo mundo. 21,6% não estão nem aí. 8. Um céu de brigadeiro, um mar de almirante para a campanha de Alckmin. Isso, que depois que ele realizou um vôo vertical para sair candidato, custou a reiniciar o processo, coisa que só ocorreu há uma semana. As brigas PSDB-PFL atrapalham nada pois tiram espaço dos discursos futebolísticos de Lula. Não que sejam desejáveis. Mas o eleitor médio não está nem aí. 9. Mas -alto lá- esse raciocínio só vale se o núcleo de campanha do Alckmin entender que as ações que estabeleça, tenham como objetivo dos objetivos, construir o segundo turno,( tarefa fácil). E que coloque os skuds em posição para sangrar Lula -outro fácil objetivo. Se sangrar o antebraço já dá segundo turno,( imagine um órgão importante ou vital). E se conseguir atravessar o arame da dialética da campanha nacional e das estaduais com o mínimo de turbulência. 10. Este raciocínio de segundo turno deve ser feito para todas as regiões do país, para os Estados que terão pesquisas também e para os cruzamentos de gênero e instrução/renda. As campanhas nos EUA ensinam muito,( elegem-se delegados por Estado), como focalizar a campanha simultaneamente a nível nacional e estaduais. 11. E encontrar a adjetivação da esquina, que expressa este caos ético e administrativo que é Lula e seu governo. 12. Mas se tentar esgrimir -para valer- programas ou se deixar entrar a comparação entre governos como agenda, aí então se joga pela janela uma eleição que começa a sinalizar muito menos problemática do que se imaginava antes. O segundo turno está na porta. É só abrir.