Durante nove meses, o jornalista Jon Cohen viajou por 12 países, visitando laboratórios, clínicas, ministérios de saúde, universidades, prisões, bordéis, clubes, favelas e casas de portadores de HIV. O resultado são 12 reportagens que oferecem um relato abrangente da epidemia na região e aponta como governos, organizações não-governamentais e comunidades afetadas estão enfrentando o problema.
Segundo o levantamento, em nenhum país latino-americano ou caribenho a taxa de prevalência da Aids teve queda significativa. A única exceção foi o Haiti, em que a prevalência em adultos caiu de 6,1% em 2001 para 3,8% em 2005 – apesar de melhor, a taxa está acima de qualquer região do mundo com exceção da África subsaariana.
De modo geral, a situação na América Latina e no Caribe é crítica. Segundo projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), os atuais 2 milhões de infectados da região poderão chegar a 3,5 milhões em 2015.
Atualmente, a Aids é responsável por cerca de 90 mil mortes anuais na região. Se as taxas de prevalência forem mantidas, pelo menos 1,5 milhão de pessoas poderão morrer nos próximos nove anos.