Entre os anos de 1947 e 1952, cerca de 200 criminosos nazistas refugiaram-se na Argentina, sob a proteção do governo de Juan Domingo Perón. Entre eles, Dinko Sakic, Joseph Mengele, Walter Kutsschmann, Eduard Roschmann, Erich Priebke e Adolf Eichmann. No último dia 6 de junho, documentos da CIA (Agência Central de Inteligência) que tiveram sua divulgação autorizada pelos Arquivos Nacionais Americanos revelaram que o governo dos Estados Unidos sabia desde 1958 que "Clemens" era o pseudônimo sob o qual se escondia Eichmann na Argentina.
A CIA ocultou a informação de Israel por razões de Estado. Para os americanos, esse era um dever dos alemães ocidentais, que, segundo esses mesmos documentos, tinham conhecimento do paradeiro e da falsa identidade usada por Eichmann desde 1952. Os alemães teriam se calado com receio de que o criminoso revelasse ações de Hans Globke, ex-nazista, e então membro do governo de Konrad Adenauer.
Eichmann foi capturado pelos israelenses em um subúrbio de Buenos Aires, em maio de 1960. Levado clandestinamente para Israel, foi julgado e enforcado em 1962.