Tendo o vista a inclusão, nas chapas partidárias que concorrerão à eleições de outubro, de todos os implicados nos escândalos recentes, a Transparência Brasil exorta o eleitor a não votar em mensaleiros, sanguessugas e implicados em outros escândalos. Alvos de processos movidos pelo Ministério Público, indivíduos responsáveis tanto pela distribuição quanto pela recepção de subornos buscam na reeleição proteção contra a Justiça. Caso venham a ser eleitos, para que possam vir a ser processados será necessário que seus pares o autorizem. Contudo, não é sensato esperar que uma Câmara dos Deputados que absolveu virtualmente todos os mensaleiros venha de repente mudar de comportamento. Para essas pessoas - e para os partidos que as acolhem - a eleição funcionará como salvo-conduto para escapar do julgamento pelos seus atos. Cabe ao eleitor barrar-lhes essa saída, negando-lhes o voto, até que sejam julgados. Caso inocentados, então poderão apresentar-se de cara limpa ao eleitorado. O mesmo vale para os inúmeros políticos que se abrigam nas mais diferentes legendas estaduais, e que respondem a processos judiciais, todos suspensos pela imunidade parlamentar, por delitos que variam de improbidade administrativa a assassinatos, tráfico de drogas, roubo de cargas, contrabando e todo um rol de crimes capitulados no código penal.
Pacote anticorrupção do Relatório da CPMI dos Correios precisa ter discussão ampla. Leia mais.
Recuse-se a votar neles.
Não vote em mensaleiro.