Até mesmo na pequena cidade de Hereford, duas empresas se apressam para construir usinas que transformem milho em combustível.
As empresas, A White Energy e a Panda Energy, são estimuladas por uma série de fatores: generosos subsídios do governo, uma possível combinação de políticas do Estado e agrícolas e o prospecto de geração de mais de 100% de lucros em menos de dois anos.
Como resultado, Hereford se tornou um dos mais potentes lugares dentro da mina de etanol que ajuda a transformar a base econômica rural dos Estados Unidos.
Boa parte da área central norte-americana está em meio a uma explosão da alquimia moderna de transformar milho
As novas usinas irão produzir 1,4 bilhão de galões ao ano, um aumento de 30% sobre a atual produção de 4,6%, de acordo com Dan Basse, presidente do AgResources, empresa de previsões econômicas. Até 2008, prevêem os analistas, a produtividade do etanol poderá chegar a 8 bilhões de galões ao ano.
Mas este fenômeno está criando um certo nervosismo inesperado em importantes pontos rurais. Alguns economistas agrícolas e diretores da indústria alimentícia temem que o etanol, em seu atual ritmo de desenvolvimento, possa deformar os fornecimentos de alimentos, elevar os custos para a indústria de animais e forçar o uso de terras marginais na busca de cada vez mais acres para a plantação de milho.
Muitos especialistas em energia também questionam as vantagens do etanol para o fornecimento de combustível ao país. Apesar de renovável, um combustível domesticamente produzido que reduz a poluição gerada pela gasolina, grandes quantidades de petróleo ou de gás natural são usadas para a transformação do grão em etanol, deixando dúvidas sobre sua contribuição para a redução do uso de combustíveis fósseis.
No entanto, enquanto um dos mais quentes investimentos atuais, poucos dentro da área rural querem ouvir qualquer queixa sobre os riscos associados ao etanol.