terça-feira, julho 25, 2006

2)BRASIL/ SÃO PAULO / Centro da capital

Por André Campos e Carlos Juliano Barros, da Repórter Brasil

Diversas esferas do poder público apostam na cultura para combater a degradação do centro de São Paulo. A região concentra grande parte do patrimônio histórico e dos equipamentos culturais da cidade, e também projetos polêmicos como a criação de um pólo cultural na Vila Itororó O centro é, de longe, a região com maior concentração de equipamentos de cultura de São Paulo. De acordo com dados do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), lá estão 35% das bibliotecas, 45% dos centros culturais, metade dos teatros e a maior parte do patrimônio tombado do município. Um considerável estoque de espaços de lazer e entretenimento que às vezes se encontram em áreas bastante degradadas e são encarados como alavancas para a atração de pessoas e outros segmentos econômicos que viabilizem a revalorização imobiliária dessas regiões. Essa concepção foi encampada pela atual prefeitura, que investe em projetos como a restauração da Biblioteca Mário de Andrade e a criação de um pólo cultural na Vila Itororó, na Bela Vista, para dar fôlego à requalificação do centro. "Finalmente as instâncias de planejamento estão compreendendo que, ao incorporar os elementos culturais, seus programas são mais bem-sucedidos", afirma Carlos Augusto Calil, secretário municipal de Cultura. Antonio Zagatto, assessor da subprefeitura da Sé, acredita inclusive que o centro tem potencial para ser uma espécie de "sala de visitas" da cidade. "Lá há um alto volume de investimentos feitos ao longo da história, que podem servir para desenvolver o turismo em São Paulo.