Agência FAPESP - As estatísticas apontam para mais de 1 milhão de robôs em operação na indústria mundial, mas atualmente é baixo o nível de pesquisas voltadas para a criação de novos robôs industriais. Segundo especialistas, a tendência, especialmente nos continentes asiático e europeu, aponta para a massificação da utilização dos robôs visando ao aumento de sua interação com os seres humanos. “Indústrias totalmente automatizadas são um paradigma ultrapassado. Não é algo economicamente viável”, disse Glauco Augusto Caurin, professor da Escola de Engenharia Mecânica de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), em simpósio realizado na 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência “A robótica industrial é importante, mas são os robôs que devem cooperar e se adaptar ao ser humano. Não é o ser humano que deve se adaptar à máquina”, disse. Segundo o pesquisador, a meta da indústria mundial é fazer com que, em um futuro cada vez mais próximo, cada residência tenha um robô, principalmente para realizar tarefas que nem sempre o homem tem vontade de fazer. E essa realidade já começou com um marco importante para o setor: a venda, em 2005, de mais de 1 milhão de robôs aspiradores de pó. Caurin apresentou os resultados do projeto “Habilidades sensório-motoras aplicadas ao desenvolvimento de mãos artificiais robotizadas”, que tem apoio da FAPESP. Para ele, considerando que os robôs devem ser utilizados para aumentar a capacidade humana, nada foi mais desafiador do que desenvolver um sistema que possa ser acoplado ao indivíduo.