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gerenciado com o objetivo de servir à captação dos animais pelos meios legais,
para posteriormente serem desviados com finalidades outras.
Luiz Elias Bouhid de Camargo, Ex-Diretor do Zoológico de
Goiânia, confirmou que a instituição sempre manteve livro de registro, com
páginas numeradas, de todo o estoque, e que, ao final de sua última gestão,
em dezembro de 2004, constatou o desaparecimento de uma pasta com fichas
de necropsia. De resto, negou que as denúncias sejam procedentes.
Wilian Pires de Oliveira, outro Ex-Diretor do Zoológico de
Goiânia e, desde 2002, criador de animais silvestres, justificou-se afirmando
que, se algum dos animais que recebeu do IBAMA era oriundo do Zoológico de
Goiânia, a responsabilidade pela destinação seria do órgão ambiental.
Fernando Silveira, atual Diretor do Zoológico de Goiânia,
negou igualmente as acusações feitas, e explicou que o Zoológico decide
sobre o excedente de fauna brasileira nascido em suas dependências e sobre
a venda de fauna exótica, ao passo que o IBAMA decide sobre a soltura de
animais silvestres apreendidos. Com relação à existência ou não de registro de
entradas e saídas de espécimes no Zoológico, declarou que, nos quatro meses
de sua gestão, tais apontamentos são realizados.
O Chefe da Divisão Técnica do IBAMA no Estado de
Goiás, José Augusto de Oliveira Motta, imputou a falta de registro de saída ou
óbito de 311 animais do Zoológico de Goiânia a um erro administrativo,
decorrente de falhas no controle do plantel e desaparecimento de fichas de
necropsia, e minimizou o fato declarando que parte desses animais são fauna
exótica.
Esclareceu que os animais supostamente encontram-se
no Museu Ornitológico, embora não tenha vistoriado essa instituição
(contrariando recomendação da Diretoria de Fauna do IBAMA) e recomendou
que a Polícia Federal realize essa averiguação. Mencionou também a
recomendação de encerrar o livro atual e abrir um novo livro de registro no
Zoológico, para evitar que as irregularidades se repitam.
Destacou que o livro de registro do Zoológico existe e
permaneceu em mãos da equipe do IBAMA durante os três meses de
investigação. Enfatizou, com base em sua interpretação da legislação, que não
vê problema
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