quinta-feira, junho 01, 2006

12) DENÚNCIA / ZOOLÓGICO

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gerenciado com o objetivo de servir à captação dos animais pelos meios legais,

para posteriormente serem desviados com finalidades outras.

Luiz Elias Bouhid de Camargo, Ex-Diretor do Zoológico de

Goiânia, confirmou que a instituição sempre manteve livro de registro, com

páginas numeradas, de todo o estoque, e que, ao final de sua última gestão,

em dezembro de 2004, constatou o desaparecimento de uma pasta com fichas

de necropsia. De resto, negou que as denúncias sejam procedentes.

Wilian Pires de Oliveira, outro Ex-Diretor do Zoológico de

Goiânia e, desde 2002, criador de animais silvestres, justificou-se afirmando

que, se algum dos animais que recebeu do IBAMA era oriundo do Zoológico de

Goiânia, a responsabilidade pela destinação seria do órgão ambiental.

Fernando Silveira, atual Diretor do Zoológico de Goiânia,

negou igualmente as acusações feitas, e explicou que o Zoológico decide

sobre o excedente de fauna brasileira nascido em suas dependências e sobre

a venda de fauna exótica, ao passo que o IBAMA decide sobre a soltura de

animais silvestres apreendidos. Com relação à existência ou não de registro de

entradas e saídas de espécimes no Zoológico, declarou que, nos quatro meses

de sua gestão, tais apontamentos são realizados.

O Chefe da Divisão Técnica do IBAMA no Estado de

Goiás, José Augusto de Oliveira Motta, imputou a falta de registro de saída ou

óbito de 311 animais do Zoológico de Goiânia a um erro administrativo,

decorrente de falhas no controle do plantel e desaparecimento de fichas de

necropsia, e minimizou o fato declarando que parte desses animais são fauna

exótica.

Esclareceu que os animais supostamente encontram-se

no Museu Ornitológico, embora não tenha vistoriado essa instituição

(contrariando recomendação da Diretoria de Fauna do IBAMA) e recomendou

que a Polícia Federal realize essa averiguação. Mencionou também a

recomendação de encerrar o livro atual e abrir um novo livro de registro no

Zoológico, para evitar que as irregularidades se repitam.

Destacou que o livro de registro do Zoológico existe e

permaneceu em mãos da equipe do IBAMA durante os três meses de

investigação. Enfatizou, com base em sua interpretação da legislação, que não

vê problema em um Zoológico trocar animais por material de construção.

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