terça-feira, junho 20, 2006

14) POLÍTICA / Com comentário de César Maia

Folha de SP
Reunião do PSDB deixa pefelistas contrariados
Foi o mais amplo encontro da cúpula tucana com os técnicos que atuarão na
campanha. Estiveram à mesa, na sede do PSDB, o presidente do partido, senador
Tasso Jereissati (CE), o coordenador da campanha, senador Sérgio Guerra (PE), o
responsável pela comunicação, Luiz González, o coordenador do programa de
governo, João Carlos Meirelles, e o subcoordenador, Eduardo Jorge,
ex-secretário-geral da Presidência no governo Fernando Henrique Cardoso. Alckmin
estava em São Paulo.
"Não é uma reunião política, é operacional", disse Tasso, explicando a ausência
de pefelistas no encontro. "Isso é reunião de trabalho, para falar de
infra-estrutura", concluiu. Nos bastidores, líderes do PFL queixaram-se do
isolamento e criticaram os tucanos pelas falhas na agenda de viagens de Alckmin.
As reclamações só não se tornaram públicas ontem por orientação do presidente do
partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que tentou evitar uma nova crise próxima
da convenção, marcada para amanhã.


COMENTÁRIO !

Curiosamente o PFL tem estado muito mais aberto para recuar de candidaturas
estaduais e apoiar uma candidatura que reforce a chapa nacional, que o PSDB.
Ontem -em sua convenção nacional- o PPS não conseguiu fechar por dentro com o
PSDB, pois em alguns estados o PSDB não abria mão de sua candidatura. Ou o PSDB
esta regionalmente sem comando e coordenação nacional, ou não esta dando a
mínima para a candidatura nacional. Pelo menos é isso o que passa.
Esse ex-blog falou ontem com dois governadores e dois vice-governadores do PMDB.
Todos afirmaram que não vão mexer uma palha pelo Alckmin porque o diretório
local do PSDB insistiu em ter candidatura própria contra eles. E  todos querem
ver o Lula pelas costas.  É curioso que seja -exatamente no PSDB- onde as
decisões regionais estão atropelando a campanha nacional.
Na convenção do PPS ontem no Rio, isso foi dito claramente: o apoio informal a
Alckmin ocorre pela intransigência de algumas seções regionais. O PPS será
cabeça de chave em quatro estados, coligado ao PFL.
A tempo: o PSL lançou candidato. Uma boa notícia -potencialmente- pois Lula
perde 160 comerciais durante a campanha. Mas há que se saber qual é jogo que vai
jogar o candidato do PSL : batendo no Lula ou diversionando o debate e servindo
ao Lula. Em breve saberemos.