Folha de SP Reunião do PSDB deixa pefelistas contrariados Foi o mais amplo encontro da cúpula tucana com os técnicos que atuarão na campanha. Estiveram à mesa, na sede do PSDB, o presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), o coordenador da campanha, senador Sérgio Guerra (PE), o responsável pela comunicação, Luiz González, o coordenador do programa de governo, João Carlos Meirelles, e o subcoordenador, Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência no governo Fernando Henrique Cardoso. Alckmin estava em São Paulo. "Não é uma reunião política, é operacional", disse Tasso, explicando a ausência de pefelistas no encontro. "Isso é reunião de trabalho, para falar de infra-estrutura", concluiu. Nos bastidores, líderes do PFL queixaram-se do isolamento e criticaram os tucanos pelas falhas na agenda de viagens de Alckmin. As reclamações só não se tornaram públicas ontem por orientação do presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), que tentou evitar uma nova crise próxima da convenção, marcada para amanhã. COMENTÁRIO ! Curiosamente o PFL tem estado muito mais aberto para recuar de candidaturas estaduais e apoiar uma candidatura que reforce a chapa nacional, que o PSDB. Ontem -em sua convenção nacional- o PPS não conseguiu fechar por dentro com o PSDB, pois em alguns estados o PSDB não abria mão de sua candidatura. Ou o PSDB esta regionalmente sem comando e coordenação nacional, ou não esta dando a mínima para a candidatura nacional. Pelo menos é isso o que passa. Esse ex-blog falou ontem com dois governadores e dois vice-governadores do PMDB. Todos afirmaram que não vão mexer uma palha pelo Alckmin porque o diretório local do PSDB insistiu em ter candidatura própria contra eles. E todos querem ver o Lula pelas costas. É curioso que seja -exatamente no PSDB- onde as decisões regionais estão atropelando a campanha nacional. Na convenção do PPS ontem no Rio, isso foi dito claramente: o apoio informal a Alckmin ocorre pela intransigência de algumas seções regionais. O PPS será cabeça de chave em quatro estados, coligado ao PFL. A tempo: o PSL lançou candidato. Uma boa notícia -potencialmente- pois Lula perde 160 comerciais durante a campanha. Mas há que se saber qual é jogo que vai jogar o candidato do PSL : batendo no Lula ou diversionando o debate e servindo ao Lula. Em breve saberemos.