quinta-feira, junho 22, 2006
17) CIÊNCIA / Calculando o chute por não ter o que fazer
De todos os defeitos – e são muitos –, a falta de pontaria se destaca. Dos poucos chutes ao gol adversário, a maioria foi para fora. Algumas para bem longe, como as cobranças de falta do lateral Roberto Carlos. Uma dica para melhorar o aproveitamento dos jogadores brasileiros a partir do jogo contra o Japão, nesta quinta-feira (22/6), é conferir um estudo feito no Reino Unido, que procurou encontrar a mecânica do chute perfeito. Nicholas Linthorne e David Everett, da Universidade Brunel, verificaram que, para chutes, especialmente os de longa distância, as regras de balística usadas no lançamento de projéteis não se aplicam. Qualquer estudante de física sabe que para conseguir a distância máxima no disparo de um canhão, por exemplo, o ângulo ideal de lançamento é de 45 graus em relação ao solo. Mas no estudo dos pesquisadores britânicos, que analisou chutes feitos por atletas profissionais, os ângulos usados foram sempre menores. Por meio de análise matemática, Linthorne e Everett calcularam que os melhores chutes de fora da área foram disparados a partir de ângulos de 20 a 35 graus. A diferença, segundo eles, deve-se à estrutura do corpo humano, para o qual é muito mais fácil aplicar uma força elevada a bola em ângulos menores. Dessa forma, a velocidade de lançamento é maior. Agência FAPESP - Após duas rodadas e apenas três gols contra as fracas Croácia e Austrália, a Seleção Brasileira de Ronaldo e Ronaldinho tem decepcionado torcedores e admiradores do “joga bonito”, como pede a fama dos dois e o bordão da campanha publicitária de um dos patrocinadores do escrete canarinho.