sexta-feira, junho 09, 2006
19) VALE A PENA LER /Ecologia
Notícias do Jornal do Meio Ambiente Online ::
A “MENTE” INCRÍVEL DAS PLANTAS
Data: 9/6/2006
WILSON LUIZ BONALUME, Ph.D. A ciência caracteriza como antropopatia a atribuição dos sentimentos humanos à Divindade ou a outros seres da natureza. Em estudo feito por PETER TOMPKIS e CHRISTOPHER BIRD, “A Vida Secreta das Plantas”, eles fazem uma revelação incrível, sobre o poder mental dos vegetais, dizendo que: “através até mesmo de uma parede, elas podem perceber que vidas estão sendo agredidas, além de terem o poder de saber o que está passando na mente humana”. Em 1966, CLEVE BACKSTER, teve a idéia de fazer experiências com uma folha de dracena, espécie utilizada como planta ornamental. Backster naquela época era o maior especialista em detecção de mentiras, com eletrodos usados em seus trabalhos, ele rompeu a barreira da ciência materialista que preferia descartar o estudo que ia além da sua limitada descrição da realidade. Backster que era um curioso, revolucionaria o pensamento do mundo em relação às plantas. Ele imaginava que elas tivessem alguma reação a ameaças físicas, mas ele acabou se surpreendendo quando só de ter a idéia de queima-la, causou grandes saltos nos gráficos traçados pelo aparelho. Mas adiante o mesmo fato foi registrado quando ele se aproximou com a intenção de queima-la com um fósforo na mão. A planta parecia saber quando eram ameaças reais ou quando ele estava “blefando”... Backester por acaso abriu uma nova porta para um estudo sem evidência e ignorado por todos. No passado, houve quem disse poder penetrar na consciência das plantas. Por exemplo o místico, alemão JACOB BOEHME que viveu entre 1575 e 1624, além de homem de conhecimento das comunidades pré-históricas (os XAMÂS), que já relatavam evidências da vida secreta dos vegetais. Pesquisas realizadas hoje no Brasil, estão comprovando, e fazendo revoluções na visão da ciência, que provavelmente fará com que a humanidade tenha um convívio mais harmonioso com a natureza. O jornal Nature Biotechnology, traz uma informação muito interessante a respeito das folhas de fumo. Segundo o pesquisador DOMINIQUE VAN DER STRAETEN e sua equipe, as folhas quando são infectadas por vírus, entram em estado de febre, chegando a um aumento de até 0,4 graus Celsius, isto oito horas após o efeito dos vírus se manifestarem. Segundo ele é um processo parecido com o do corpo humano. Um brasileiro, mestre em eletrônica e engenheiro pela Universidade de Nova York e um dos fundadores da Faculdade de Engenharia Industrial, de São Bernardo do Campo, SP, ARLINDO TONDIN, baseado em tais descobertas, resolveu fazer uma investigação parecida com a de Backester. Tondin desconfiava que o transporte da seiva da raiz até as folhas, estava ligado a um fenômeno elétrico. Para comprovar isto, ele fixou eletrodos próximo à raiz e num dos galhos de um limoeiro, após esta experiência ele verificou que havia uma diferença de potencial elétrico entre os dois pontos. Para confirmar, ligou uma pilha aos eletrodos intensificando a corrente elétrica na região, o resultado foi os frutos ficaram maiores e amadureceram mais rápido, comprovando o esperado. Mas Tondin não parou por aí, a próxima experiência seria descobrir como as plantas reagiriam a agressões externas e como isso alteraria a corrente elétrica.Usando um osciloscópio de raios catódicos de alta sensibilidade, ele começou a queima-la. O resultado foi fantástico. Tondin começou até a questionar se teria o direito de estar agredindo o vegetal e a natureza, foi quando ele resolveu interromper a pesquisa. A planta teve uma reação tão rápida que a imagem na tela do computador que estava estacionária começou a oscilar e apresentar intensas variações. Com isso o engenheiro comprovou o que Backster disse em seus estudos, relatados em a “Vida Secreta das Plantas”. Num deles ele comprovou como três plantas reagiram a morte de camarões em uma outra sala. Essa investigação foi feita através de cuidados que caracterizam as melhores pesquisas: 1. foram escolhidos, como vítimas, animais de grande vitalidade, pois já tinha sido notado que seres doentes ou a caminho da morte não eram capazes de estimular as plantas à distância; 2. para evitar que a subjetividade dos pesquisadores influísse nos resultados, os camarões eram despejados numa vasilha de água fervente por um mecanismo automático, longe das vistas de qualquer ser humano; 3. eliminaram-se as possibilidades de que o próprio funcionamento do mecanismo ou eventuais perturbações eletromagnéticas afetassem a forma dos gráficos; 4. as plantas monitoradas por detectores, foram colocadas em três salas diferentes, submetidas às mesmas condições de temperatura e iluminação. Os gráficos mostraram mais uma vez que os vegetais como todo ser vivo, dispõem de uma percepção primária, e que mesmo à distância são capazes de perceber agressões à vida. Elas regiram intensamente e ao mesmo tempo à morte dos camarões, o que excluiu toda hipótese de coincidência. Foi então que Backster se sentiu no direito de defender sua tese. Atrás da aparência simples, os vegetais são altamente complexos e com números incríveis. Por exemplo uma planta pequena, com 14 bilhões de filamentos, que se colocados enfileirados, obtem-se quase a distância de um pólo terrestre a outro, nada mais nada menos que 11 mil quilômetros. Para pessoas que não respeitam o ambiente, degradando a natureza e pondo fim ao que levou bilhões de anos para se formar, veio em boa hora o presente estudo mostrando que a vida vai muito além do horizonte que enxergamos, e que muito mais ainda tem que ser acrescentado ao nosso pequeno conhecimento sobre a vida. · O autor é Prof. de Direito Ambiental, Pesquisador Convidado da Universidade de Alfenas, Alumni: Universidade de São Paulo, Universidade Federal Fluminense, Escola de Sociologia e Política de São Paulo, New York University, Sherwood University at London, Columbia University (U.S.A), Ph.D. em Ciências Ambientais. Patrono do WWF – World Wildlife Fund. Com mais de uma centena de estudos publicados em 26 revistas e jornais. E/mail: wlbonalume@axnet.com.br