| Resumo da Câmara | ||
Em depoimento de quatro horas a oito integrantes da CPI do Tráfico de Armas, Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, chefe da facção criminosa que aterrorizou São Paulo no mês passado, contou que está ameaçado de morte pela organização que lidera e por outra facção rival, que tem crescido em São Paulo. Marcola disse que seus inimigos haviam preparado um atentado contra o Fórum da Barra Funda, em São Paulo, caso ele fosse depor no local, como a CPI pretendia.
O sucessor de Marcola já estaria escolhido: Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, seu braço-direto, preso com ele no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes.
Marcola negou o suposto acordo com o governo de São Paulo para cessar os ataques, mas admitiu que foram feitos contatos com autoridades do governo. Deu informações consideradas fundamentais. O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), e o relator, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmaram que o teor será divulgado no relatório, previsto para ser entregue em julho. "Ele não assume acordo, mas um contato de pessoas interessadas em seu bem-estar. Muitas coisas foram mencionadas, não posso falar", disse Torgan.
